sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Prezados amigos (as).

Após anos participando com nossa equipe “Bora Corrê”em diversas provas de ultramaratonas, particularmente 24 horas, Caparaó e a rainha das ultras a nossa BR 135, verificamos que muitos atletas têm seu rendimento drasticamente reduzido por falta de um treinamento especializado, planejamento para execução das provas e um apoio adequado.

Particularmente os dois últimos itens são fundamentais para que se evite a quebradeira que ocorre quando o atleta se lança em busca de seu objetivo e não recebe apoio adequado em um dos pontos pré-combinados. Por diversas vezes vemos bons corredores sem qualquer planejamento de como se hidratar, se alimentar, descansar, estratégia de revezamentos para duplas e trios, etc....

Sempre digo aos meus atletas e aos inúmeros amigos que recorrem a mim para que os oriente para vencer estes desafios que a peça menos importante nesta engrenagem que nos leva ao fim de uma jornada destas é o atleta. Estes, geralmente, estão preparados e sabem os seus limites. A logística destas provas é o grande motor que impulsiona os nossos passos. Por mais de uma vez e em todos os anos, atletas inteiros, liderando a prova ou realizando uma performance melhor do que a esperada, sentem o baque físico e moral inevitável de chegarem em um ponto de apoio e sua equipe não estar lá. Alguns seguem assim mesmo e pagam caro logo em seguida. Outros preferem esperar e vêm todo o seu esforço anterior se diluir a cada minuto de espera sentado em um banco de praça.

Por outro lado a vida dos apoios é bem mais sofrida que a do próprio atleta. Geralmente são abnegados que se dispõem a ajudar sem nunca terem visto uma prova destas ou sem conhecerem a região. Seu sofrimento começa na reunião, quando são despejados uma dezena de cidades, rotas, rotas alternativas, pontos de interdição, regras e proibições. A enorme maioria nem sabe de regulamento e de como irá se desenvolver a prova e qual a sua função. Já na prova verificamos dois tipos de apoios: os cuca-fresca que parecem que não entendem porque o atleta ainda não providenciou apoio para eles e os bem intencionados mas inexperientes, sempre perdidos, quase inúteis em que pese extrema boa-vontade.

Atleta tem que treinar e correr. Cada equipe (solo, dupla ou trio) têm que ter um chefe, pois estamos diante de uma verdadeira operação de guerra, em que as tropas devem se deslocar por caminhos pré-determinados e reconhecidos e cumprir os tempos de encontro com outras tropas, sob pena de sucumbirmos em toda a operação. Este chefe é quem irá providenciar toda a logística de hospedagem, alimentação, planejamento da prova e modificação do planejamento sempre que houver necessidade. Este chefe de equipe tem que conhecer cada detalhe da prova, do terreno, dos atalhos, das pousadas, dos botecos da estrada. Tem que ter experiência e saber se impor sobre os integrantes da equipe de boa-vontade.

Cada equipe tem que sair de casa com um planejamento executado com conhecimento de causa, super detalhado, com missões para cada integrante e aprovado por todos os interessados. Sem isto ninguém sabe sequer onde vai jantar no primeiro dia, onde repousar, que tênis usar, quais os suplementos que o atleta está acostumado, onde vai o pacer, etc....

O exemplo do que estamos relatando foi dado pelas nossas duas equipes de duplas. A primeira formada integralmente por atletas e apoios com 3 participações na BR 135. Jair com seus 50 anos bem vividos e Raul com seus 105 quilos bem distribuídos A outra formada por dois excelentes atletas que se conheceram no dia da prova e cujos apoios não tinham nenhuma noção do que iriam enfrentar. Nossa previsão era de que a segunda, tempo por tempo apenas, colocaria cerca de 4 horas na primeira, mas sempre deixamos claro que a experiência deveria suplantar a velocidade. Resultado a BC1 chegou quatro horas na frente, sem ter perdido um só segundo nas trocas, refeições, banhos e descansos. Apenas em um trecho parou exatamente para esperar a nossa outra equipe para que os atletas seguissem um trecho noturno juntos. Atletas experientes, planejamento cumprido e apoio de primeira em todos os pontos nos levaram a um resultado excelente.

Não temos atletas de ponta, mas temos a certeza de que muitos que penam por não encontrarem seus acompanhantes na trilha, não saberem que horas se faz uma refeição, banho ou repouso poderiam brigar pela ponta, pelas 48 horas ou por melhorar sua marca pessoal em algumas boas horas.

Feitas estas reflexões a “Bora Corrê” vem se colocar a disposição de alguns amigos ultramaratonistas para efetuar diversas atividades que facilitariam a vida dos corredores, deixando-os apenas com as delícias dos treinos e das provas. Sabemos que a grande maioria dos amigos já possuem treinadores de excelente nível que os levaram até o patamar que estão e de forma alguma queremos comparar nosso trabalho com aquilo que já dispõe, mas outros não têm esta mesma assessoria especializada em maratonas e ultras. Alguns possuem treinadores, mas não sabem como planejar uma prova destas. Outro precisam apenas que alguém se encarregue de hospedagem, aluguel de carros, transporte, etc... A maioria precisa de um planejamento e de ter alguém que execute o que foi planejado.

Até aqui nos preocupamos em comparecer em todas as provas e aprender cada detalhe desta prestação de serviço especializado ao atleta. Sem dúvida nossa equipe é tida como a mais organizada desde a nossa primeira ultra Corrotododia quando comparecemos com um ‘moto home’ que iniciou o dia atolando na beira da pista da Unicemp em Curitiba.

Hoje já temos um ‘know how’ que nos permite oferecer tudo o que um atleta precisa para se preocupar apenas em correr.

Nossos serviços já estarão disponíveis na prova de 50 milhas de Campinas do nosso amigo Fernando e se prolongarão por todo o ano de 2011, interrompendo na própria BR 135 de 2012, quando não disponibilizaremos os chefes de equipe, pois todos os integrantes da “Bora Corrê” estamos compromissados com a prova solo do Raul e precisamos de todos, pois são módicos 105 quilinhos para levarmos até Paraisópolis. Assim mesmo faremos os treinamentos, logística e planejamento para aqueles que assim desejarem.

Esperando ter a presença do amigo em nossa equipe ou que nossa proposta seja divulgada entre os menos experientes, nos colocamos a disposição para maiores esclarecimentos.

Um ultrabraço e “Bora Corrê”.

SEABRA, Raul, Jair, Mateus, Patrícia e Rosi.


Anexo tabela de preços dos serviços disponíveis.
Por favor, aqueles que já possuem suas assessorias especializadas desconsiderem este e-mail, que se dirige apenas a quem está carente destes serviços.

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